Pais sofrem com as creches fechadas em Ubatuba
quinta-feira, 6 de outubro de 2011Há quase uma semana, 280 crianças guia da cidade Ubatuba estão sem atendimento das creches municipais. As mães reclamam que não têm onde deixar os filhos e que precisam trabalhar. Já a prefeitura alega que houve um problema na empresa que administrava as unidades de ensino.
De folga forçada, as crianças se divertem, mas as mães, nem tanto. “No meu horário de almoço eu venho, pego ele, levo para a casa de uma tia. No outro dia é a mesma coisa. Cada dia na casa de um parente”, disse a recepcionista Natália dos Santos.
“Não tem com quem deixar. Não tenho mãe, não tenho pai, não tenho ninguém. Vou ter que levar para o trabalho, é o único jeito”, conta a ajudante de costureira, Daniela Barroso.
Desde a última quinta-feira, algumas creches da cidade estão fechadas. Para poder trabalhar, a faxineira Marisa de Moraes tem deixado a filha de três anos com o filho mais velho. “Ele teve que sair do serviço para ficar com ela para mim. Como ele não está fichado, o patrão liberou ele por alguns dias até que eu resolva”, conta.
Desde 2006, nove creches da cidade eram administradas por uma empresa. Segundo a mãe de uma criança, Natália dos Santos, a prefeitura não se preparou para mudanças já previstas. “Por que eles não tinham uma equipe de apoio. Acabaram as aulas na quarta, na quinta já tem equipe nova”.
Segundo o secretário de Educação, Arnaldo Alves, três creches estão realmente de portas fechadas. Cerca de 280 crianças estão sem atendimento Isso teria acontecido por que esse serviço é terceirizado e antes de vencer o último contrato, que seria agora no início de outubro, a empresa encerrou as atividades.
O prazo era 4 de outubro, mas uma semana antes, os funcionários foram dispensados. Para manter o serviço a prefeitura buscou um acordo emergencial. Profissionais de 6 creches aceitaram. Por isso, elas estão funcionando. “A prefeitura vai pagar para os funcionários e com certeza vai descontar da empresa e tomar as medidas possíveis, o que for legal”, explicou.
Ainda segundo o secretário, no mês de setembro a prefeitura selecionou funcionários que devem ser contratados emergencialmente por 90 dias. A expectativa é que o problema seja resolvido até quinta feira, dia 6 de outubro. “Quarta-feira será feita a perícia médica e na quinta-feira esses funcionários serão repostos nessas unidades, a começar pelas que estão paradas”, garantiu.
O secretário de Educação disse ainda que as crianças que estão sem atendimento podem ser levadas para outras unidades, já que as unidades estão autorizadas a receber os menores. Ele informou também que está previsto para o ano que vem um novo concurso, para substituir os funcionários contratados emergencialmente.
Por telefone, a direção do Instituto Ariran, que administrava as creches de Ubatuba, informou que no dia 5 de setembro deu um aviso prévio para os trabalhadores das creches. Como, por lei, os funcionários têm direito a sair duas horas mais cedo durante o aviso prévio, isso foi feito. Por isso, os funcionários saíram uma semana antes dos 30 dias. Segundo o instituto, a prefeitura tinha conhecimento desse acordo.
Fonte: VNews
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