Ubatuba concentra maior número de afogamentos do litoral paulista
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012Durante a alta temporada o refresco no mar é sinônimo muito trabalho para os guarda-vidas. A cada momento tem alguém se arriscando.
O policial militar Daniel Oliveira, que estava de folga em Ubatuba, fez questão de ressaltar: “Desde o momento que eu cheguei a gente vê o pessoal trabalhando, se esforçando e orientando os banhistas para não correr nenhum tipo de risco”
O problema é que mesmo com toda conversa, aviso de barco e até de helicóptero não adianta. Tem gente que só aprende depois de engolir a água salgada.
“Eu sempre abuso muito da água, sempre vou muito para o fundo”, comentou a banhista Karina Cardoso.
Muito mais que ondas fortes ou buracos na areia, o que define o risco em uma praia é o respeito do próprio banhista. O ranking dos afogamentos em Ubatuba mostra isso, de novembro até agora foram 250 resgates em oito praias. Do total, 200 casos aconteceram no mar tranquilo da cidade Praia Grande, a mais movimentada de todas. Confira o ranking:
Ranking de resgates em Ubatuba:
1º Praia Grande: 200
2º Toninhas: 15
3º Tenório: 10
4º Itamanbuca: 9
5º Maranduba: 9
As outras três praias do ranking somam sete casos de afogamento juntas. São elas: praia Vermelha com quatro, Vermelha do Centro com dois e praia do centro com um caso.
Crianças perdidas somaram um total de 111 casos, em praias variadas.
A Praia Grande em Ubatuba concentra o maior número de afogamentos do Litoral Norte. De acordo com o Comandante do Salvamar desta região, Tenente Rapacci, 80% das ocorrências de afogamento na região são na Praia Grande.
Segundo Rapacci, um dos principais motivos para o grande número de afogamentos na Praia Grande é a falta de cuidado dos próprios banhistas, que ficam expostos a riscos. Prova disso é que a praia de Itamambuca, paraíso dos surfistas e considerada perigosa por causa do tamanho das ondas, tem menos ocorrências de afogamento do que a Praia Grande, a mais popular da cidade.
DICAS PARA EVITAR AFOGAMENTOS
1- Designe uma pessoa específica para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar exclusivamente nas crianças;
2- Não confie na falsa impressão de segurança que geralmente os pais têm com o uso de bóias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;
3- No clube, lembre-se de que o salva-vidas tem um grande universo de pessoas para observar e de que a visão dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas;
4- Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros;
5- No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas;
6- Se for para o fundo usando uma bóia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação;
Fonte: VNews
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